Filmado em 24 países, Baraka desperta a curiosidade sobre as diferentes culturas, mostrando rituais religiosos e fenômenos da natureza. O filme ficou pronto depois de 11 anos. Baraka é uma palavra Sufi que significa "o fôlego da vida".
Em março de 2011 e abril de 2012, Gisela Motta e Leandro Lima acompanharam dois encontros de xamãs na aldeia Watoriki, no Amazonas, a fim de colaborar em um registro audiovisual dos encontros. O resultado desse testemunho é este filme, em parceria com o sociólogo Laymert Garcia dos Santos, a pesquisadora de cinema Stella Senra e o etnólogo-escritor Bruce Albert. O filme acompanha sensorialmente os trabalhos dos xapiri (Xamãs ou pessoas-espírito), desde seu encontro em Watoriki, até a evolução dos rituais Utupë, onde os xamãs atraem entes que os ajudam a conduzir curas-batalhas contra o mal que atinge a ordem cosmoecológica aparente do mundo. A câmera e edição do filme acompanham simbolicamente as diferentes etapas do ritual com aproximações, sobreposições e deformações da imagem que geram uma imersão profunda do espectador na cerimônia.