Em fevereiro de 1964 inicia-se a produção de Cabra Marcado Para Morrer, que contaria a história política do líder da liga camponesa de Sapé (Paraíba), João Pedro Teixeira, assassinado em 1962. No entanto, com o golpe de 31 de março, as forças militares cercam a locação no engenho da Galiléia e interrompem as filmagens. Dezessete anos depois, o diretor Eduardo Coutinho volta à região e reencontra a viúva de João Pedro, Elisabeth Teixeira -- que até então vivia na clandestinidade -- e muitos dos outros camponeses que haviam atuado no filme antes brutalmente interrompido.
Em 1967, o filme “Brasília – Contradições de uma Cidade Nova” decide revelar os subúrbios pobres de Brasília e termina proibido pelos próprios patrocinadores. Para proteger a cópia, Joaquim Pedro de Andrade decide escondê-la logo após uma projeção surpresa. Passados 40 anos de esquecimento, o filme é restaurado e se mostra incrivelmente atual. Em 2012, outra equipe de cinema procura as pistas da produção, da censura e do desaparecimento da cópia para entender porque a vanguarda modernista não chegou aos subúrbios da cidade e descobrir qual foi o futuro das pessoas que estavam no filme proibido.
Conheça a trajetória do irreverente grupo carioca Dzi Croquetes, que marcou o cenário artístico brasileiro nos anos 70. Os diretores tiveram a sorte de encontrar o único registro que existe da troupe se apresentando num show, no caso em Paris, feito por uma equipe alemã. Aos poucos, através dos depoimentos, vai se reconstituindo a trajetória deles, sempre muito sincera, sem censura, sempre muito carinhosos. O nome veio mesmo de uma versão brasileira de um grupo americano que se chamava The Cockquettes, virando o brasileiro Dzi (ou seja The mal falado), Croquettes (que é uma coisa muito nacional). Há especial destaque para a presença de Lennie Dale, que foi um dos principais mentores e uma figura controvertida e fulgurante, que está merecendo um filme a parte.
A ascensão da humanidade é frequentemente medida pela velocidade do progresso. Mas e se o progresso for realmente um espiral invertido, em direção ao colapso? Ronald Wright, cujo best-seller, "A short history of progress" inspirou "Sobrevivendo ao Progresso", mostra como antigas civilizações foram destruídas por “armadilhas do progresso" - tecnologias atraentes e sistemas de crenças que servem as necessidades imediatas, mas não resguarda o futuro. Como a pressão sobre os recursos do mundo acelera e elites financeiras levam nações à falência, poderá nossa civilização globalmente entrelaçada escapar de uma última armadilha catastrófica do progresso? Com imagens poderosas e insights clarificadores de pensadores que examinaram nossos genes, nossos cérebros e nosso comportamento social, este réquiem ao progresso como conhecemos também representa um desafio: provar que educar os macacos não é uma má ideia evolucionária.
Colagem de dezenas de filmes nacionais e estrangeiros de ficção, cinejornais e documentários, revelando como o cinema vê e ouve o índio brasileiro desde quando foi filmado pela primeira vez, em 1912. São imagens surpreendentes, emolduradas por musicas temáticas e poemas, que transportam o espectador a um universo idílico e preconceituoso, religioso e militarizado, cruel e mágico, do índio Brasileiro.
Documentário-tributo a Redson Pozzi, vocalista do Cólera. Redson Pozzi foi o líder de uma das mais importantes bandas punks brasileiras, o Cólera. "Que Esse Grito Não Seja em Vão!" retrata um momento de perda. Rodado dias após o seu falecimento, o filme traz importantes nomes da cena paulistana como Clemente (Inocentes), João Gordo e Jão (Ratos de Porão), Nenê Altro (Dance of Days), Antônio Bivar entre outros, prestando tributo e resgatando lembranças e opiniões sobre o ídolo morto prematuramente.