Quando os hemisférios esquerdo e direito do comediante Bo Burnham se confrontam, o resultado é um espetáculo de stand-up cheio de ritmo e humor.
«Bowling for Columbine» é um inquérito, devastador e cáustico, sobre o estado da nação, a cultura do medo e a psicose das armas nos Estados Unidos. Porque é que morrem cerca de onze mil pessoas por ano no país por causa de armas de fogo é o mote deste documentário, construído a partir da tragédia do liceu de Columbine, em que dois adolescentes massacraram a tiro treze pessoas e depois se suicidaram. Não é, no entanto, um documentário sobre o controlo de armas, mas sim um filme que se interroga porque é que é assim na América e porque é que o medo se instalou na alma dos americanos. Moore pergunta-se como é que no Canadá, a comercialização de armas também é livre, e existem menos crimes com armas de fogo. Mas não cai na facilidade e no simplismo redutor de atribuir culpas a jogos de computador ou grupos de música, porque essa é uma justificação tão válida, como atribuir a tragédia de Columbine ao bowling, que os dois adolescentes jogaram antes de cometerem o massacre.