Documentário que consiste em cenas gravadas por Benjamin Abrahão durante o tempo em que acompanhou a tropa do cangaceiro Lampião.

Amigo íntimo do Padre Cícero (Jofre Soares), o mascate libanês Benjamin Abrahão (Duda Mamberti) decide filmar Lampião (Luís Carlos Vasconcelos) e todo seu bando, pois acredita que este filme o deixará muito rico. Após alguns contatos iniciais ele conversa diretamente com o famoso cangaceiro e expõe sua idéia, mas os sonhos do mascate são prejudicados pela ditadura do Estado Novo.

Em meio à luta com as tropas organizadas por voluntários em busca de defesa de seus vilarejos, o conflito entre dois cangaceiros por causa de uma professora raptada a quem um deles pretende libertar por amor.

O bando de cangaceiros do capitão Gaudino semeia o terror pela caatinga nordestina. A professora Maria Clódia, raptada durante um assalto do grupo, se apaixona pelo pacífico Teodoro. O forte amor entre os dois gera grande conflito a turma. O Cangaceiro ganhou o prêmio de melhor filme de aventura e de melhor trilha sonora com a música "Olê muié rendeira", interpretada pela também atriz Vanja Orico no Festival Internacional de Cannes. O filme foi filmado em Vargem Grande do Sul, interior do estado de São Paulo. Segundo o diretor, a paisagem da cidade se parecia muito com a nordestina. O cangaceiro, filme realizado em 1953, foi um dos maiores sucessos do cinema brasileiro de todos os tempos. Escrito e dirigido por Lima Barreto, com diálogos criados por Rachel de Queiroz, O cangaceiro foi o primeiro filme brasileiro a conquistar as telas do mundo. Considerado até hoje o melhor filme produzido pela Companhia Cinematográfica Vera Cruz, sua história se inspirava na lendária figura de Lampião.

No dia do casamento de Pedro Boiadeiro com Rosinha, os cangaceiros sobreviventes da chacina que matou Lampião vão se esconder na casa do futuro casal. Rosinha é estuprada pelo bando e morre. Pedro sai pelo sertão em busca de vingança, mas para isso deverá enfrentar a rudeza do sertão e a fúria dos cangaceiros.

No sertão nordestino, Maria Bonita abandona o marido sapateiro para tornar-se amante do cangaceiro Lampião. Provoca ciúmes, resgata uma amiga da prostituição em Angicos e tenta convencer Lampião a ganhar o afeto do povo. O cerco das tropas do governo, causado por um espião que se fizera amigo de Lampião, interrompe os sonhos de Maria Bonita.

A compaixão por vezes traiçoeira traz consigo um breviário de danações.

Depoimentos documentais somam-se à reconstituição das últimas 24 horas de Virgulino Ferreira, o Lampião. Registram-se vozes de soldados da Volante e, também, de cangaceiros sobreviventes da emboscada (ocorrida em 28 de julho de 1938), na qual morreram Lampião, Maria Bonita e nove cangaceiros.

Filme baseado na vida de um dos mais famosos cangaceiros da era pré-Lampião