Em 1932, Ray Charles nasce na Geórgia, mas fica cego aos 7 anos, pouco tempo depois de testemunhar a morte acidental do seu irmão. Inspirado por uma dedicada mãe independente, encontrou o seu dom no teclado de um piano. A sua fama cresce mundialmente após, de modo inovador, criar músicas únicas unindo o gospel, o country e o jazz num estilo inimitável e ao lutar contra a segregação racial dos negros. Mas a sua vida foi também marcada por sucessivos casos amorosos e um terrível vício em heroína.

Não é tanto a "biografia" dos Doors – ou de Jim Morrison, a que Val Kilmer se "cola" de forma impressionante –, mas a "biografia" de uma geração, que foi a de Oliver Stone. Como nos outros filmes do realizador, Stone faz uma recriação de um tempo que foi o dele, mas uma recriação que surge envolta nos trajes do mito. Cada filme, para Stone, é a catarse de uma experiência traumática pessoal, do próprio realizador, quer tenha sido o Vietname ("Platoon"), o confronto mortífero com a figura paterna ("Nixon") ou, no caso de "The Doors", como no caso de "J. F. K.", a perda da inocência americana.

Deena Jones, Lorrell Robinson e Effie White são as Dreamettes. Aspirantes à fama no mundo da música, apresentam-se em espectáculos locais em Detroit, à procura da oportunidade para saltar para o estrelato. É assim que conhecem Curtis Taylor Jr., um antigo vendedor de carros ambicioso que deseja abrir a sua própria editora discográfica. É através dele que elas conseguem uma vaga como "backup" no espectáculo do cantor James "Thunder" Early. Com o passar do tempo, elas tornar-se-ão as Dreamgirls. Mas o que poderá acontecer quando Curtis decide interferir na mecânica do grupo e fazer de Deena, por quem se apaixona, a vocalista em detrimento de Effie?

O que acontece nos bastidores da última transmissão do programa de rádio mais célebre da América. "A Prairie Home Companion" é apresentado pelo humorista Garrison Keillor, e onde fazem seus números os cowboys-cantores Dusty e Lefty, as Meninas Johnson, uma dupla de estrelas da música country o duo de cantoras-irmãs Rhonda e Yolanda, e uma série de outros artistas que sustentam o espetáculo. Feito ao vivo com plateia num teatro em St. Paul, Minnesota, um show de uma outra época, "A Prairie Home Companion" foi cancelado. Como "o show deve continuar", nos bastidores alguns falam sobre suas vidas e seus planos. Outros estão tentando convencer Lola, a tímida e sombria filha de Yolanda, a cantar neste último show. Enquanto tudo isto acontece, uma mulher misteriosa em um casaco branco que está em uma missão desconhecida vagueia pelo teatro, enquanto o pseudo segurança, Guy Noir, que geralmente não tem nada a fazer em termos de segurança, tenta descobrir quem é a loira.