Uma crônica da cena de arrasto de Nova York na década de 1980, com foco em bolas, voguing e as ambições e sonhos daqueles que deram à época seu calor e vitalidade.

John Waters, cineasta famoso por filmes como Pink Flamingos (1976) e Polyester (1981), tornou-se uma espécie de mestre do trash e da sátira. Aqui ele desenvolve a narrativa como uma espécie de monólogo, um relato auto-biográfico, sobre o desenvolvimento do seu trabalho, desde a década de 60 até os dias de hoje.

O filme é um documentário sobre como a homossexualidade foi abordada no cinema americano desde seus primórdios, assim como referências LGBT nos filmes que nem você imaginava que existissem. Instigante e completo, o filme foi premiado em Sundance e daí começou sua carreira de sucesso em festivais por todo o mundo.

Bem vindos ao mundo curioso, surpreendente e sempre sincero dos homens héteros que se tornam gays por dinheiro. Por que um homem heterossexual faria pornografia gay? O que o motiva a tentar isso ou a fazer carreira? Eles são realmente heterossexuais? Estão em profunda negação? É apenas pelo dinheiro? No começo são heterosexuais e acabam no outro extremo da Escala de Kinsey? Por que o grande interesse e debate sobre a sexualidade e a vida pessoal desses homens? E o que isso diz sobre nós, espectadores, o fato do pornô gay ser dominado por imagens de homens héteros? Existe sombras de homofobia internalizada vindo à tona? Por que perdemos o interesse se o homem na tela parece, fala ou age de um jeito que o identifica como gay?

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