O filme "Maré, Nossa História de Amor" conta a história de Analídia (Cristina Lago), filha de um chefe do tráfico de drogas preso, que briga pelo poder com o irmão de Jonatha (Vinícius D'Black), na favela da Maré. Separados pelo 'apartheid' entre as facções rivais, eles encontram no grupo de dança da comunidade, dirigido por Fernanda (Marisa Orth), um refúgio para o amor, a arte, o sonho e a possibilidade de uma vida longe do crime. Jonatha é MC da comunidade e seu sonho é gravar um CD. Dividido entre os irmãos mais velhos _ Paulo (Flávio Bauraqui), idealista, trabalhador e amante do samba e Dudu (Babu Santana), irmão adotado, chefe de uma das facções que comandam o tráfico na favela, ele vive o dilema de aceitar ou não a ajuda deste último, que promete financiar sua carreira com o dinheiro das drogas.

Este drama apresenta as histórias cruzadas de diversas pessoas solitárias: uma mulher (Vanessa Giácomo) que recusa o contato com qualquer ser humano desde que perdeu a memória, o Demônio (Oswaldo Montenegro) errante com saudades de Deus, uma mulher no bar cujo namorado nunca chega, um cantor sertanejo que não obtém sucesso na cidade grande e um palhaço idoso, ainda em atividade.

Numa cidade indefinida, por volta do ano de 1700, a jovem Benedicta é estigmatizada pela comunidade por ser filha do carrasco local. O monge Ambrosius, recém-chegado, se compadece da moça ao mesmo tempo em que se deixa sensibilizar por sua beleza e solidariedade. Seu interesse por ela desencadeia, externamente, o ciúme de Rochus, filho de um homem poderoso, e, internamente, um conflito entre a paixão e a compaixão, entre o compromisso clerical e o chamado do prazer.

Renato deixa sua terra natal para estudar Medicina no Rio. Passando por dificuldades, ele acaba no apartamento de Pedro, enfermeiro homossexual, cujo mundo começa a ruir quando o rapaz anuncia estar namorando Gracinha.

Estado da Paraíba, 1910: Vários personagens compõem o panorama urbano da região: um seleiro na beira da estrada, Mestre José Amaro, expulso das terras onde vive pelo decadente e orgulhoso senhor de engenho, Coronel Lula de Holanda e as aventuras e desventuras de quixotesco cavaleiro andante nordestino, o capitão Vitorino Carneiro da Cunha, apelidado de Papa-rabo. A trama se desenvolve num ambiente carregado de violência, marcado pela guerra entre a volante policial e os cangaceiros liderados pelo legendário Antônio Silvino. Alguns flashbacks nos reconduzem aos anos de 1886 e 1888 na região dos engenhos no Estado da Paraíba.