Microfone na mão, Pier Paolo Pasolini pede aos italianos que falem sobre sexo: ele pergunta às crianças de onde vêm os bebés, mulheres jovens e velhas se são iguais a homens, homens e mulheres se a virgindade de uma mulher importa, como veem os homossexuais, como sexo e honra se o divórcio for legal e se eles apoiam o encerramento dos bordéis (a Lei Merlina). Ele periodicamente verifica com Alberto Moravia e Cesare Musatti. Bersani é intrusivo e crítico, incitando aqueles que respondem. A tese do filme: apesar da economia em expansão do pós-guerra, as atitudes dos italianos em relação ao sexo são rigidamente medievais (os pobres e o sul) ou confusas e autocensuradas (a burguesia e o norte).

«Bowling for Columbine» é um inquérito, devastador e cáustico, sobre o estado da nação, a cultura do medo e a psicose das armas nos Estados Unidos. Porque é que morrem cerca de onze mil pessoas por ano no país por causa de armas de fogo é o mote deste documentário, construído a partir da tragédia do liceu de Columbine, em que dois adolescentes massacraram a tiro treze pessoas e depois se suicidaram. Não é, no entanto, um documentário sobre o controlo de armas, mas sim um filme que se interroga porque é que é assim na América e porque é que o medo se instalou na alma dos americanos. Moore pergunta-se como é que no Canadá, a comercialização de armas também é livre, e existem menos crimes com armas de fogo. Mas não cai na facilidade e no simplismo redutor de atribuir culpas a jogos de computador ou grupos de música, porque essa é uma justificação tão válida, como atribuir a tragédia de Columbine ao bowling, que os dois adolescentes jogaram antes de cometerem o massacre.

Tiros em um baile black na periferia de Brasília ferem dois homens. Um terceiro vem do futuro para investigar o acontecido e provar que a culpa é da sociedade repressiva.