Hubert Minel é um jovem impetuoso de 17 anos que não gosta nem um pouco de sua mãe. Ele despreza suas roupas bregas, o estilo kitsch e as migalhas de pão que sempre ficam no canto de sua boca. Além desses traços, a relação dos dois é pautada pela manipulação e a culpa. Confuso e dividido por uma relação de amor e ódio que o deixa cada dia mais obcecado, o garoto vive uma adolescência que é ao mesmo tempo típica e marginal, marcada por novas experiências artísticas, amizades, sexo e abandono.
Este filme do Este-Oeste, que tem como cenário a Nova Iorque dos anos sessenta, conta a história de um xerife do Arizona que acompanha o seu prisioneiro extraditado, perdendo-o no emaranhado de betão de Manhattan. A Pele de Um Malandro utiliza a respectiva estrutura para proporcionar um contraste humorístico e desenvolver uma genealogia de párias anti-sociais a partir do confronto entre o enigmático e perigoso indivíduo do Oeste americano personificado por Clint Eastwood, e os proxenetas, vigaristas, hippies e polícias que ele conhece na grande cidade. Este é, sem dúvida, o trabalho mais divertido e mais violento de Don Siegel. Sendo equiparável a Madigan na análise que faz dos efeitos do urbanismo sobre o individualismo, A Pele de Um Malandro é mais descontraído do que o seu antecessor e recorre a uma ampla e criativa diversidade de personagens e locais.